5 de julho de 2012

O turismo e as potencialidades naturais

Vasco Cordeiro, na qualidade de candidato a Presidente do Governo, assume que o mar, a biodiversidade e a localização estratégica destas ilhas, são fundamentais para o futuro dos Açores.

Nos Açores, e especialmente nas chamadas ilhas da coesão, os governos da responsabilidade do Partido Socialista impuseram uma marca indelével moldada por uma estratégia de modernização e desenvolvimento que já está a produzir frutos.

A infraestruturação das ilhas foi um trabalho imenso perpetrado com base num plano de desenvolvimento harmonioso de todo o arquipélago. Por aqui e por ali fizeram-se apostas nas aptidões endógenas, como a agricultura e a pesca, capacitando cada uma das ilhas de modo a poderem obter mais-valias, dinamizando, por esta via, as pequenas economias insulares.

A aposta na requalificação da indústria de laticínios, o melhoramento animal, a diversificação agrícola, a construção de portos de pesca e a renovação da frota, são exemplos disso mesmo. Estas medidas, em conjunto com a redução de custos e ajudas nos transportes, tem facilitado as exportações destas ilhas mais pequenas.

Recentemente o governo regional enveredou pelo terceiro pilar, o turismo. Mais uma vez o governo chegou-se à frente nas ilhas com menores capacidades financeiras e substituiu a iniciativa privada na construção de estruturas hoteleiras. Apostou-se, também, em pequenas unidades de turismo rural, como forma de captar nichos de mercado ligados à natureza. Os resultados não tardaram em aparecer com o crescimento sustentado das dormidas nos estabelecimentos de hotelaria tradicionais.

Esta aposta neste setor emergente tem sido devidamente acompanhada com medidas importantes na área do ambiente. O reconhecimento das ilhas do Corvo, Graciosa e Flores como Reservas da Biosfera pela UNESCO, os projetos na área de produção de energia limpa, como o caso do projeto Younicos na Graciosa, dão uma necessária notoriedade a este destino.

A par disso o Governo investiu na gestão dos resíduos urbanos, exportando todos os que não são passíveis de valorização. Criou também os parques naturais e o parque marinho que incluem áreas protegidas, que se revelam fundamentais na preservação de algumas espécies e contribuem para a reposição de stocks piscícolas.

Foi por tudo isso que em 2007 os Açores chegaram ao topo, quando foram consideradas as segundas melhores ilhas do mundo para o turismo sustentável pela prestigiada revista internacional National Geographic, logo a seguir às ilhas Faroe, na Dinamarca.

Esta paisagem verde retalhada e delimitada pelo azul deste imenso mar, as tradicionais casas construídas com a pedra negra dos nossos vulcões, constituem uma paisagem deslumbrante. A simplicidade e a simpatia dos Açorianos completam este cenário único.

Usufruir de todas as potencialidades minimizando os impactes negativos é o desafio que temos pela nossa frente.

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