Angela Merkel veio em visita
oficial a Portugal. Foi uma visita aparatosa devido à segurança que esse
momento envolveu, apesar das escassas cinco horas que durou a sua passagem pelo
nosso país.
É claro que esta visita gerou uma
grande onda de indignação junto dos portugueses. Ninguém ficou indiferente e
foi clara a colagem que se fez da chanceller à austeridade que demanda neste
país.
Esta colagem, justa, com é vista
pelo comum dos portugueses, ou não, como defendem os membros do governo de
Portugal, decorre das políticas que a senhora Merkel tem imposto à europa e aos
europeus.
Disse um pouco antes de
desembarcar em Portugal que nunca impôs austeridade a nenhum país, no mesmo tom
com que disse, logo a seguir, que estávamos no bom caminho. Esta postura, mesmo
para os mais distraídos, é um claro apoio a estas medidas draconianas que vão
destruindo o nosso país. É um claro apoio a estas medidas que vão muito mais
além das propostas pelo memorando de entendimento que estabelecemos com
organizações internacionais.
É por essas e por outras que os
portugueses sentem que a sua soberania está ameaçada e que a democracia se
encontra em risco como nunca esteve desde 1974.
É por essas e por outras que o
povo se indigna e enche ruas e praças numa clara demonstração do desagrado que
sente por estas políticas, como aconteceu ontem na greve geral.
Enquanto isto o primeiro-ministro
de Portugal, Passos Coelho, continua a acreditar, cada vez mais sozinho, que
esta política de empobrecimento da população é a via para o sucesso, enquanto o
país se afunda cada vez mais, como confirmam os indicadores.
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