Nestes dias de discussão do Orçamento
Geral do Estado fomos surpreendidos com novo aumento de impostos. É mais uma
situação que este governo da república confrontou os portugueses quase à
socapa.
Agora compreendo Vitor Gaspar
quando se refere ao povo português como o melhor do mundo. Esta sua apreciação,
infeliz a meu ver, pode confortá-lo neste momento em que todo o país está
contra esta política de empobrecimento e da usurpação de direitos adquiridos ao
longo destes anos da democracia, mas não poderá fazê-lo baixar a guarda,
porque, e isso já se viu nas ruas e nas praças deste país, o povo está a chegar
ao seu limite. O povo não pode mais. Não pode ser sujeito a mais impostos nem
quer ouvir esta gente a enterrar cada vez mais a esperança, que dizem ser a
última a morrer.
Não há dúvida nenhuma que esta
via para resolver a crise não interessa a ninguém. Diminuir o défice contando
apenas com a carga fiscal, esquecendo o crescimento não nos leva a lado nenhum.
Não sou eu a dizer isto, são os especialistas de todas as áreas políticas que o
afirmam à boca cheia. Só este governo continua a teimar nesta receita de
emagrecimento da economia, na redução de direitos e do consumo e no
desmantelamento das pequenas e médias empresas que, a um ritmo alucinante,
atiram para o desemprego centenas de cidadãos a cada dia que passa.
Ouvimos este governo da república
falar em cortar nas gorduras do estado e só o vemos, como resposta, aumentar
novamente os impostos ou atacar nos apoios sociais. Cortar nas gorduras do
estado não é empobrecer ainda mais os portugueses.
Depois de mais de uma década a
reduzir as desigualdades e a pobreza, vem agora este governo, com o orçamento
para 2013, tal como aconteceu com o do corrente ano, ignorar todo o esforço que
foi feito na tentativa de transformar Portugal num país mais justo e mais
solidário.
Não há dúvida que esta vontade do
PSD de Passos Coelho em refundar as funções do estado só deverá querer dizer
mais impostos e menos estado social.
Só nos resta fazer a pergunta: até
aonde nos querem levar?
Sem comentários:
Enviar um comentário